Conforme combinado com Sô Dra chegámos por volta das 9h00 ao Hospital Amadora Sintra e lá começou a aventura.
Estava ainda sozinha pois como era dia do pai, o JP foi com a Guigas à escola participar na atividade com ela, para ela não se ressentir em nada e só depois foi ter comigo.
A primeira parte foi mais básica fazer CTG, medir a tensão, a rotina a que já estávamos habituadas :)
Entretanto, a enfermeira de serviço falou com a Dra que estava numa intervenção cirurgica e para eu não estar à espera tratou logo do meu internamento. Despe a roupa, faz o clíster, e vamos para o quarto de dlitação nº 2.
Passado pouco tempo o JP já estava ao pé de mim e a Dra veio falar comigo e explicar que como eu tinha uma cesariana anterior tinha de entrar em trabalho de parto de forma natural, sem injecção, e depois a partir daí víamos a evolução. Vai daí, pediu ao JP para sair e fez-me um toque que não vou descrever :P mas que ao fim de uma hora me pôs o útero a querer sair cá para fora.
As contrações começaram, primeiro mais devagar e a seguir muito mais rápidas, mas completamente suportáveis. Quando fizémos o toque nessa altura tínhamos quase 3 cm mas o colo do útero ainda não estava a 100%.
Daí a um pouco as contrações já iam doendo, o colo do utero estava apagado mantinhamos os 3 cm de dilatação e já podíamos levar a epidural, mas como estava tudo a correr bem e ainda dava para aguentar decidi esperar mais um pouco para ver a evolução da coisa...
Passado um bocado já não aguentava as dores :) e pedimos a epidural que ainda assim demorou quase uma hora pelo que nessa horita ainda se sofreu um pouco... ao levar a epidural também tivémos uma quebra de tensão mas nada de muito grave...
No toque a seguir já tínhamos 6 cm, começámos a ficar muito optimistas. A bolsa entretanto já tinha rebentado, sózinha pois já tava a levar ocitucina na veia e também já tinha levado o antibiótico por causa do Streptocopus B positivo... tava tudo no bom caminho e a médica pôs a ocitucina a bombar.
Mesmo com a epidural, as dores não passaram completamente e tivémos de pedir o reforço da dose ao fim de uma hora... Nessa altura tínhamos 7 cm :)
Mais uma hora e começei a sentir "a vontade" de fazer força, a enfermeira foi ver e era mesmo a Matilde que já estava quase já tinhamos quase 9 cm. Isto eram 21h e tal...
Perto das 22h, altura da troca de turno verificou-se tudo estava quase nos 10 cm, ia mesmo nascer a 19 de março...
Quando trocou o turno tivémos a bela surpresa de ver a enfermeira que tinha estado no parto da Guigas :) contámos a história e ela riu-se, disse que nos devia então um parto natural há dois anos e tal e que tínhamos de tratar disso.
Por volta das 22h20 comecei a fazer um pouco de febre, fiz paracetamol mas estava tudo pronto para ir para a sala de parto e assim foi. Já na sala de parto a enfermeira explicou como é que tínhamos de fazer para respirar, preparou tudo e entrámos então naqueles ultimos minutos mágicos!
Assim foi, muita força! Muita, muita, muita MESMO :)
Mas a pirralha saiu! Saiu e fez logo um xixi e um cócó por causa das coisas :)
Eu respirei fundo, recebi os parabens de toda a gente e o pai cortou o cordão.
Aquela sala lá dentro é mágica... não há palavras para descrever os sorrisos e a forma de estar das pessoas naquele momento. Muito, muito giro!
P.S. Em relação ao que se sente na expulsão do bébé (no momento da expulsão mesmo) o que senti no parto da Guigas e agora da Matilde foi o mesmo :) aquela sensação boa de sentir que nasceram é igual :) - só para desfazer o mito de que na cesariana não se sente, bla, bla - a maior diferença é o porem o bébé em cim de nós (que é lindo) e o facto do pai estar connosco :)
Sem comentários:
Enviar um comentário