Parece um bocado estranho pensar assim na família... Não há famílias perfeitas e se há provérbio que sempre me marcou muito é "Mais vale um vizinho há mão do que longe o nosso irmão".
Tenho família que está fisicamente perto mas com quem só convivo em festas e tenho família que está fisicamente longe com quem também só convivo em festas.
De uns vou sabendo se estão bem ou mal, o que fazem nos trabalhos... de outros nem por isso mas sempre vivi bem com isso!
Com alguns convivi mais desde a infância (precisamente porque estão fisicamente perto), com outros convivi raramente (precisamente porque estão fisicamente longe).
Como manda o preceito e em todas as famílias o pessoal encontra-se nos casamentos, baptizados e funerais (estes últimos graças a Deus são raros...) e vai daí que sempre convidei todos da família para estas festas importantes na minha vida.
Tenho um tio com quem não convivo nada e que esperava me ligasse a dar uma desculpa esfarrapada qualquer para não vir ao baptizado da Mafalda. Eis que me ligou com uma conversa que mais valia ter dado a desculpa...
É que se ele tivesse dado uma desculpa qualquer eu ficava com a mesma impressão de sempre e pronto... assim a má impressão que era só impressão tornou-se uma certeza.
Estão a ver aquela expressão de mais vale ficar de boca calada e passar por imbecil do que abrir a boca e confirmar essa suspeita? É o meu tio!
E este post não é para ser comentado nem nada disso, é só mesmo para ter um efeito catártico em mim... a minha desilusão refletida nas pontas dos dedos. A família não se escolhe é um facto, quanto à minha, ainda bem que assim é!