O inicio de ano, para mim, tem tanto de maravilhoso como de atribulado.
Se por um lado, a expetativa de todas as coisas que quero fazer me deixa o coração em pulgas para o que vai acontecer, por outro lado o trabalho vai começar a bombar agora.
Acresce ainda que a maioria das pessoas passa o ano inteiro sem ligar nenhuma a resultados, impostos a pagar o que for e quando chega o final do ano parece que engolem um comprimido de adrenalina e não param...
Há muitas declarações para enviar em janeiro, há muitos resultados para ver, muito IVA para pedir reembolso e só mesmo a resolução de ano novo de que serei mais organizada me ajuda a canalizar energia para tudo o que tenho de fazer.
O inicio do Ano tem sempre aquele toque mágico de agenda em branco pronta a ser preenchida, mas depressa paro e penso que nem tenho tempo para me coçar.
Não digo isto em tom de queixa... haja muito trabalho até porque eu sou pela máxima de que o trabalho dignifica as pessoas. Eu se não trabalhasse não era pessoa, mas gostava que as pessoas respeitassem mais o meu trabalho... Percebessem que fazer contas a uma empresa não é só somar na máquina de calcular e que as leis e as regras nesta área mudam muito mais rápido do que o humor das minhas filhas.
Gostava que as pessoas percebessem que arranjar um carro no mecânico é tão importante como arranjar um resultado positivo numa empresa, e que assim não estariam dispostas a pagar mais à hora ao primeiro e uma ninharia ao segundo.
E gostava muito que cada vez que muda o Governo não mudassem as regras todas... mas pronto, pode ser que isso aconteça quando eu for secretária de estado dos assuntos fiscais... Ah! Nunca vou ser... pois!
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