terça-feira, 17 de março de 2015

Uma das formas para bolos que tínhamos estragou-se...

Comprámos uma nova no fim de semana e deitámos for a a estragada... estava cheia de ferrugem. Trouxe-a ontem no saco do lixo...


Fiquei sem fala... aquilo que eu deito fora com a maior das naturalidades, serve para estes senhores ganharem os centimos.

Quando passo com o meu carro (que apita por todos os lados porque tem as luzes fundidas) por cima desta ponte, não imagino nunca que podem viver lá pessoas.

Pessoas que vivem em condições indignas mas que têm uma dignidade que a mim me deixou envergonhada. Pessoas que pedem emprestado e a seguir vão e saldam as dívidas... pessoas que partilham com os filhos o que lhes falta... que se escondem dos ratos... e que rezam todas as noites para que Deus não se esqueça deles.

Ontem também rezei para que Deus não se esqueça deles, mas deitei-me quentinha na minha cama, acordei a ouvir o barulho da chuva e hoje de manhã trouxe o saco do lixo para o lixo... na minha vidinha não mudou nada, tirando a percepção que ser pobre não é sinónimo de ser pobre de espírito e que há pessoas pobres muito mais dignas do que muitas pessoas com dinheiro nos bolsos, no colchão e no banco (eu incluída...)


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