segunda-feira, 11 de maio de 2015

Do que me lembro...

Pois que o texto do maridinho sobre o nosso parto é o mais visto de sempre aqui no blog e de facto está brutalmente bem escrito e descreve aquilo que vivemos.

Eu sou uma sortuda, sou mesmo em muitas coisas e sei que sou bem acompanhada... por exemplo uma das provas disso é a minha médica. A minha médica acompanhou as três gravidezes no privado. Nunca me disse onde parir nem para ir para aqui ou para ali, nunca! 

Quando estava grávida da Guigas perguntou onde era o parto eu disse-lhe onde a Dra quiser... Respondeu, comigo só no Amadora-Sintra. Já tinha ouvido dizer muito mal do hospital, histórias horriveis, confesso que não adorei a ideia mas arrisquei.

Na gravidez da Guigas entrei com 3 cm de dilatação, a médica fez-me um toque maluco, comecei a sangrar ela disse que podia levar epidural e eu: sim, sim quero! E pronto... fiquei por ali... sem dores nenhumas, sem dilatar, sem coisa alguma... ao fim de horas na mesma, com ocitocina a entrar na veia e nada de desenvolver segui para cesariana. Pai na rua à espera, eu sozinha lá dentro...

Na gravidez da Matilde pedi à médica para tentarmos que fosse parto normal. Disse-me que sim, que eu merecia. Mentalizei-me que ia sofrer um bocadinho mas que tinha de ser. Cheguei lá, ela fez-me um toque ainda mais maluco do que da primeira vez, comecei logo com contrações mas desta vez não podia levar epidural portanto aguentei. Estava deitada, concentrada, a fazer tudo como devia ser, respirar, empurrar a barriga... A coisa desenvolveu-se, levei epidural, no parto fiz imensa força, não me doeu nada e a sensação da expulsão do bébé foi igual à cesariana. Só não fiz força.

Agora com a Mafalda foi a surpresa! Primeiro porque nunca tinha entrado em trabalho de parto sozinha por isso tinha curiosidade para saber como seria. Depois pela rapidez como tudo se passou. Lembro-me de ter uma contração em casa ainda e de ter dito ao JP que não sabia como havia pessoas que não queriam anestesia. Quando a enfermeira disse que já não dava o meu desejo foi que fosse rápido... mas já estava a ser, né?
A diferença brutal é que sem anestesia eu sei perfeitamente quando é que é para fazer força e isso ajuda, sem duvida. Eu senti que a força que fiz era mais contínua e portanto ajudou muito na expulsão, mas estava tão concentrada em expulsar aquela dor que acho que não senti a sensação de alivio que senti nas outras. Só senti que a dor parou portanto já estava!

A minha médica teve sempre participação :) nas três de maneira diferente, na da Mafalda foi através de sms...

O engraçado mesmo é que foram os três partos completamente diferentes, únicos mesmo. O que mudava? A presença do pai na cesariana.

Subscrevo TODAS as palavrinhas da Sónia neste post e peço que assinem a petição. 




2 comentários:

  1. A Carminho e o Lourenço nasceram de cesariana e o Pedro esteve sempre comigo! Foi super importante. Foi mesmo um momento de partilha. Conhecemos os nossos filhos ao mesmo tempo, como deve ser! Eles nasceram no Hospital da Luz e é uma tontice que as mulheres que optem (ou só possam) ter os seus bebés nos hospitais públicos não tenham esse direito.

    Beijos para os cinco! São uma família linda!

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  2. Eu avisei que o post do Pai era o "do ano" ;) Mas confesso que só eu devo ser responsável por quase metade dessas visualizações. Já o reli tantas vezes... Parabéns a ambos!

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