Neste verão vimos um incêndio começar muito perto da terra onde estávamos.
Vimos a rapidez com que o fogo se começou a espalhar, vimos os helicópteros e os aviões a chegar à vez e a tentar fazer o que parecia impossível... apagar as chamas.
O helicóptero passava tão perto, tão perto que até sentia o vento na minha cara e o barulho das hélices estremecia cá dentro.
Eram uns 6 ou 7 e passavam à vez num barulho que é o que eu imagino quando leio os relatos da guerra em qualquer livro da Lesley Pearse.
Uns nervos até mais não, à espera que ele chegasse ao pé de nós... Uma noite mais ou menos em claro a pensar se teríamos ainda de reunir forças para pegar em baldes e ir defender o que é nosso.
E acima disso tudo passar uma mensagem de calma e confiança nos bombeiros para não assustar as miúdas. Deixá-las ver o que precisassem de ver para não terem medo desnecessariamente, mas também dizer que os bombeiros tratariam de tudo e trataram!
A Guigas, mais medrosa e consciente, disse que não conseguia ser forte, que queria rezar. Perguntei-lhe se queria rezar o terço comigo e disse que sim. Sentámo-nos no chão e comecei a rezar com ela, a Matilde juntou-se logo a nós :) Assim que terminámos a primeira dezena, chegaram mais dois aviões para combater o fogo.
É assim, nós ajudamos com o que podemos e Deus responde capacitando quem pode resolver!
Acrescentar só que o fogo não chegou perto de nós, apesar de durante a noite termos visto algumas imagens mais assustadoras. Na realidade parecia mais perto do que era.
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