terça-feira, 25 de julho de 2017

Licença de paternidade!

Defendo a importância que pai e mãe têm para a educação de um filho.
E, para mim, esse papel na educação, começa quando são pequenos, logo nos primeiros dias de vida.
Sempre quis assistir aos partos, sempre quis estar presente nos primeiros dias e nas primeiras semanas de vida dos meus filhos.
Tal como a mãe já disse, a quantidade de dias que fui gozando divergiu de filho para filho, pela legislação da altura e pela época do ano em que estamos.

Para mim, uma das coisas mais importantes que existem nestes dias em que estamos em casa é de ajudarmos as mães a encontrar o seu papel de ser mãe. Quer queiramos quer não, nesta fase, o principal papel que muda é sempre o de mãe! Ou porque o passa a ser, ou porque deixa de ser de um só filho, etc, etc.
Por isso, em primeiro lugar, para mim, sinto que me compete estar na retaguarda, atento ao que é preciso.

Assim, quando nasceu a primeira filha, o papel foi muito "maior" com essa filha que acabou de nascer: a mãe dá de mamar, o pai põe a arrotar; o pai dá o banho e a mãe fica a ver; ficamos os dois a babar para cima do bebé.
Quando nascer o 2º, senti que o meu papel nessa área ficou mais reduzido. E concentrei-me em dar atenção à mais velha. Garantir que sentia o menos possível. Com uma visão de "fora" ver quando é que a mãe lhe devia dar atenção e dizer: hoje vais tu dar banho à mais velha e eu fico com o bebé. 
E à medida em que eles vão nascendo (tipo cogumelos!) sinto que, nesta primeira fase em que o bebé que chega é altamente dependente da mãe, o meu papel passa por equilibrar "as contas com os mais velhos". Aliás, como já disse outra vez, uma coisa fenomenal que acontece é, de noite, na maior parte das vezes eu só acordar com as mais velhas e a mãe só acordar com o bebé.
Além disso, por saber que o desgaste da mãe vai ser maior quando eu voltar a trabalhar, tento aliviar um pouco nessa fase em que estou em casa, ficando mais vezes com ele: a aturar birras e choro, porque sei que daí a uns dias, não vai haver outro colo para ele poder ir.

Por fim, outra questão essencial nestes dias que o pai e a mãe estão em casa é o de namorar! Conversar muito. Aproveitar quando o bebé está a dormir para falar. Aproveitar para almoçar juntos. Para passear (dentro da possibilidade da mãe e do bebé). Aproveitar essa fase para nos encontrarmos os dois, porque depois com o regresso ao trabalho primeiro de um e depois de outro e ao encontrarmo-nos só ao final do dia, com 3 crianças carentes de atenção, um bebé com cólicas e vontade de mamar, casa para arrumar, roupa para lavar e loiça para pôr em ordem, fica menos tempo disponível para nos encontrarmos como casal. Por isso, é importante encontrarmo-nos agora.
E sentimos que o temos feito muito bem!

Depois de tudo isto, há ainda uma quesito fulcral: é que, apesar de tudo (os momentos maus, os stresses, as dificuldades, os dias de fugir...) quer eu, quer a mãe gostamos muito do que fazemos! 
Assim, apesar de sairmos da preguiça de casa, não é assim tão mau voltar a trabalhar: porque podemos marcar a diferença onde estamos. Cumprir com a nossa parte para a construção da sociedade e isso também nos deixa felizes!


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